Sequelas da chikungunya podem estar sendo registradas como novos casos
no estado, de acordo com Secretaria de Saúde. Houve aumento de 18% no número de
notificações no intervalo de uma semana.
Por
G1 PE
Mosquito Aedes aegypti é
responsável por transmitir a chikungunya, dengue e zika (Foto: Reprodução/ TV
TEM)
A Secretaria de
Saúde de Pernambuco está investigando possíveis casos renotificação de
chikungunya no estado, durante os primeiros meses de 2017. O último boletim
epidemiológico divulgado, da 12ª semana do ano, mostra que apesar de, comparado
a 2016, haver a diminuição de 97,6% nos casos da doença desde janeiro, houve um
aumento de 18% nos registros, com relação ao 11º levantamento, da semana
anterior.
A tendência de
aumento vinha sendo registrada desde o intervalo entre a 10ª e a 11ª semana,
quando houve incremento de 23%. Ao todo, até 25 de março, foram notificados 883
casos de chikungunya, sendo que 190 foram confirmados e 268 descartados. De
acordo com a gerente do Programa de Controle das Arboviroses de Pernambuco,
Claudenice Pontes,é possível que pacientes que já tiveram chikungunya em outros
períodos estejam sentindo sequelas e, nas unidades de saúde, sendo notificados
como novos casos da arbovirose.
"Os relatos
apontam que os pacientes que tiveram chikungunya adquirem imunidade à doença. O
que fica é as sequelas, muitas vezes crônicas. O que pode acontecer é que, sem
informação, as pessoas chegam aos postos com os mesmos sintomas de meses atrás
e os médicos, sem saber que já houve diagnóstico anterior da doença, notifiquem
novamente", disse Claudenice. De acordo com ela, os números precisam ser
investigados antes de avaliados como situação epidemiológica.
Ainda segundo
Claudenice, as renotificações são mais comuns em pacientes idosos, já que os
sintomas da doença são intensificados. "Estamos alertando os municípios
para que seja feita essa checagem prévia nas suspeitas de chikungunya, mas
preferimos que seja renotificado do que não notificado de forma alguma. Assim,
podemos ter uma ideia mais precisa da situação de contaminação no estado e
adotar estratégias mais efetivas", explicou.
O mês de março é
um dos meses mais propícios para a proliferação do Aedes aegypti, vetor da
dengue, zika e chikungunya, e, consequentemente, para a transmissão de
arboviroses. Para Claudenice Pontes, apesar da diminuição do índice de
infestação, é preciso controlar a população doente para que a contaminação não
seja sustentada. “O interior das residências é o principal local de
proliferação dos mosquitos, porque a população precisa armazenar água e acaba
criando ambientes propícios ao aedes", disse.
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